25.1.07

Menino chinês de quatro anos mata 443 frangos a gritos


Sempre soube que, um dia, isso tinha que acontecer.

Um menino chinês de quatro anos de idade foi surpreendido à noite por um cachorro trazido pelo pai. Seu grito parece ter assustado os galos e galinhas de uma fazenda próxima, gerando um tumulto geral que resultou na morte de 443 aves pisoteadas. O dono pede indenização.

O dormitório destes galos e galinhas, por sua vez, certamente se encontrava mais do que superlotado para causar 443 mortes por pisoteamento. Contudo, nenhum representante aviário se pronunciou com pedidos de indenização ao dono.

O grito é uma forma bastante comum de resposta ao medo. Sentindo-se frágil perante uma ameaça maior, o grito tenta tornar o corpo maior do que si, demonstrar uma força que de fato não se tem e, assim, vencer uma batalha por meio de um blefe. O grito do menino chinês, porém, como uma bala perdida - ou, por que não, um berro perdido? -, parece ter se desviado. Galos e galinhas correram para salvar suas vidas já perdidas perante a ameaça de um berro igualmente perdido.

O medo faz guerra contra o próprio medo. Já diria Michael Moore, o medo é uma arma de destruição em massa. O grito do menino chinês é a bomba preventiva que cai no Iraque, ou a polícia que chega na casa de uma senhora aposentada para verificar se a fumaça de sua chaminé não seria de fato vestígio de uma usina nuclear clandestina. Parece que estamos gritando demais para as sombras, e as sombras podem acabar gritando de volta.

Não sei o que aconteceu com o cachorro.

Fonte original: Yahoo

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

É interessantíssimo. Tudo isso(o mundo) parece ser um grande teatro do absurdo. Esas de procurar na casa da senhora aposentada uma usina nuclear clandestina, além de dar bem a dimensão de nossa paranóia é muito humor. Muito mesmo.

08 fevereiro, 2007  
Anonymous Anônimo said...

lindo!...
o GRITO, nome desta imagem. Tal como a própria imagem revela o grito faz eco e o seu som ultrapssa o limiar da capacidade de dizer 'basta'...é imensurável!

25 dezembro, 2008  

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